Lamento pelas cuecas que nunca usei e pelas pessoas que eu poderia ter sido e não fui.
Lamento pelos espelhos quebrados, pelos lábios sempre sem cor e pelo patinho feio que nunca se verá cisne.
Lamento pela Copa de 98, pelo triste fim de Policarpo Quaresma e pelas minhas dores de cabeça quase que diárias.
Lamento por passar o sal ao invés do açucar e por Van Gogh ter morrido na miséria enquanto suas obras hoje valem milhões.
Lamento pela falta de chuva, pela falta de verba e pela falta de luz.
Lamento pelas unhas roídas, pelo amor engarrafado e pelas palavras ferozmente retidas no céu da boca.
By: Danilo Aguiar
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário